Brasília - A ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli prestarão depoimento nos próximos dias no âmbito de uma ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo.
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Lula presta depoimento em SP como testemunha em ação contra Gleisi HoffmannGleisi Hoffmann é eleita presidente nacional do PT após articulação de Lula Teori autoriza abertura de mais um inquérito contra Gleisi HoffmannEm setembro do ano passado, a Segunda Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo, que se tornaram réus na Operação Lava-Jato. Gleisi e Bernardo são investigados por suposto recebimento de R$ 1 milhão para custear a campanha eleitoral da petista ao Senado em 2010.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o dinheiro era oriundo do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro estabelecido na diretoria de Abastecimento da Petrobras, na época chefiada por Paulo Roberto Costa. O suposto repasse de quantias ilícitas, de acordo com a PGR, tinha como finalidade a manutenção de Costa no cargo. O pagamento do dinheiro teria sido operacionalizado pelo doleiro Alberto Youssef.
As defesas de Gleisi e Paulo Bernardo alegam que a PGR se baseou exclusivamente nas delações premiadas de Costa e Youssef para apresentar a denúncia.
"Política de coalizão"
No último dia 7, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou depoimento ao STF no âmbito da ação penal contra Gleisi e Paulo Bernardo. Na ocasião, Lula disse que o Ministério Público acha "criminoso" o fato de partidos políticos indicarem nomes para ocupar cargos na administração pública federal.
Segundo Lula, essas nomeações fazem parte de uma "política de coalizão" para garantir a governabilidade.
De acordo com Lula, Gleisi não teve nenhuma influência na indicação de Costa à Petrobras. "Ela (Gleisi) não tinha cargo público, e o Ministério do Planejamento (na época ocupado por Paulo Bernardo) não tinha nada a ver com as indicações da Petrobras", disse o ex-presidente. .