Em visita oficial à China, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que se esforçará pessoalmente para manter a aliança de seu partido com o DEM, sigla do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Nesta quarta-feira (26) Maia disse ao portal "Poder 360" que seu partido não apoiaria os tucanos nas eleições presidenciais do ano que vem em entrevista.
"Em São Paulo, são nossos parceiros no plano municipal e no plano estadual. E funcionam magistralmente bem, na cooperação com pessoas e áreas de atuação onde eles são muito contributivos", disse. "Creio que a melhor alternativa para os dois seria manter essa parceria nos próximos anos", completou o prefeito.
Doria disse ter uma "boa relação" com Maia e que "respeita bastante" sua trajetória política.
"Efetivamente, o DEM ganhou força nos últimos anos e ganhou musculatura. Mas isso não impede que o PSDB e o DEM continuem sendo aliados históricos. Eu tenho segurança que essa posição será mantida e com o equilíbrio e o bom senso que tem o líder Rodrigo Maia", afirmou.
O tucano citou ainda que, na capital paulista, a prefeitura está sendo ocupada pelo vereador Milton Leite, do DEM, uma vez que tanto Doria quanto seu vice, Bruno Covas (PSDB) estão fora da cidade.
Aliados desde a eleição presidencial de 1994, PSDB e DEM se afastaram após a divulgação de conversas entre um dos donos da JBS, Joesley Batista, e o presidente Michel Temer. Porém, nesta segunda-feira, 24, um jantar no Palácio Bandeirantes com o governador Geraldo Alckmin e a cúpula do DEM parece ter reaproximado as duas siglas.
Os dois lados avaliam que o peemedebista deve conseguir barrar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra ele na Câmara por corrupção passiva. A votação na Casa da aceitação ou não da denúncia está marcada para 2 de agosto.
*Repórter viajou a convite do governo chinês