Os investigadores pediram a prisão de Bendine sob argumento de que ele pegou propina da empreiteira Odebrecht 'na véspera' de assumir a presidência da estatal petrolífera - posto que ele assumiu em 6 de fevereiro de 2015, no auge da Lava Jato que, naquela época, já havia capturado ex-dirigentes da Petrobrás, que ocuparam cargos estratégicos na companhia.
Na fase 'Cobra' da Lava Jato, também foram detidos por ordem do juiz federal Sérgio Moro dois irmãos, apontados como ‘operadores’ do esquema envolvendo Bendine.
Antonio Carlos Vieira Silva e André Gustavo Vieira Silva, sócios de uma agência de publicidade, foram presos em Recife. André foi localizado no aeroporto da capital pernambucana, quando ia embarcar para Brasília.
Defesa
O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Aldemir Bendine, afirmou que desde o início das investigações "Bendine se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e bancários ao inquérito, demonstrando a licitude de suas atividades". "A cautelar é desnecessária por se tratar de alguém que manifestou sua disposição de depor e colaborar com a justiça", disse Bottini.