O Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou a conversão da prisão preventiva de Michelle Gomes Alves Ferreira, mulher do ex-prefeito de Esmeraldas Glacialdo de Souza, em domiciliar. A decisão é do desembargador Flávio Leite.
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Fraude em transporte escolar em Esmeraldas pode ter causado morte de adolescentePolícia Civil prende dois ex-prefeitos de Esmeraldas por fraudePrefeitura de Esmeraldas demite funcionários contratados para dar lugar a concursadosA ex-primeira dama estava presa desde a segunda-feira passada, em razão da operação Ptolomeu, que investiga um esquema de fraude em licitações e contratos para o sistema de transporte escolar do município. Foram presas 14 pessoas, entre elas os ex-prefeitos Glacialdo e Flávio Leroy.
As irregularidades ocorreram entre 2009 e 2016, período em que um grupo de sete empresas disputava os contratos entre si, orçados geralmente entre R$ 5 e 6 milhões anuais. Algumas delas pertenciam aos mesmos empresários, que usavam nomes de laranjas para mascarar o conluio.
Ao conceder o benefício da prisão domiliciar, o desembargador acatou os argumentos da defesa de que ela é mãe de uma criança de sete anos que não está sendo cuidada pelos pais, já que o casal está preso. A medida está prevista no artigo 318 do Código de Processo Penal (CPP).
Além disso, a defesa alegou que Michelle Gomes tem uma doença grave e que não foi disponibilizada cela especial para ela, que é advogada.
A defesa já entrou com habeas corpus a favor de Glacialdo de Souza, mas o recurso ainda não foi julgado.