Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criticou, nesta segunda-feira, 31, a atuação do Ministério da Justiça e afirmou que a pasta "compromete toda a estratégia do combate regional à corrupção".
A fala de Janot se dá no mesmo dia em que os Ministérios Públicos Federais do Brasil e da Argentina emitiram uma nota conjunta criticando a tentativa dos Poderes Executivos de cada país em criar "obstáculos" para a criação de um grupo de trabalho conjunto para investigar o caso Odebrecht.
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Janot volta a pedir ao STF prisão de Aécio NevesBendine pegou propina 30 dias antes de evento com JanotJanot pede novo inquérito contra Fernando Bezerra Coelho no caso OdebrechtCunha não se desviou do 'caminho da ilicitude', diz Janot ao defender prisãoSegundo o MPF brasileiro, "as informações e qualquer outro meio de prova obtido em virtude da atuação da ECI tramitarão entre os membros da equipe e poderão ser utilizados nas investigações".
Em nota, o Ministério da Justiça diz que o acordo entre os órgãos não obriga o Estado brasileiro a cumpri-lo. "Com o devido apreço à reconhecida dedicação dos MPFs da Argentina e do Brasil, o ato entre eles firmado não vincula o Estado brasileiro."
Suíça
Em janeiro, o Estado revelou que outra proposta da PGR para criar um grupo de trabalho, dessa vez com as autoridades suíças, estava travada no Ministério da Justiça brasileiro.
Uma troca de e-mails entre os suíços e o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional mostrava exigências feitas pelo governo brasileiro, entre elas, o nome de suspeitos e a lista de potenciais alvos da investigação. A condição causou estranhamento e o pedido não foi acatado.
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