Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), previu nesta terça-feira, dia 1º, que a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Casa será concluída já na tarde desta quarta-feira (2).
O parlamentar fluminense disse acreditar que haverá o quórum mínimo de 342 deputados presentes em plenário para que a votação de fato possa ocorrer.
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O presidente da Câmara disse não acreditar que haverá esvaziamento do plenário por parte da oposição e de parlamentares da base favoráveis à abertura de investigação contra Temer.
"Vai dar quórum. Acho que a gente vai votar. É nossa obrigação. Não pode ter presidente denunciado e o Parlamento não deliberar isso. Independente da posição de cada um, é importante que a Câmara delibere sobre isso", declarou.
O governo iniciou uma investida para garantir a presença de deputados da base aliada que se declaram indecisos e até mesmo favoráveis à denúncia.
Integrantes da chamada "tropa de choque" de Temer na Câmara passaram a ligar para esses deputados da base indecisos e favoráveis à denúncia para pedir que compareçam à sessão de amanhã, independentemente de como votarão.
O Planalto quer garantir que a votação seja concluída nesta quarta no plenário. O objetivo é não depender da oposição, que reúne cerca de 100 deputados e pode adotar a tática de não registrar presença e obstruir a sessão para impedir que a votação ocorra.
O governo quer liquidar a votação o mais rápido possível, principalmente para não deixar Temer exposto ao surgimento de fatos - como possíveis novas delações.
A sessão em que a aceitação ou não da denúncia será analisada está marcada para começar às 9h. A votação de fato, contudo, só poderá começar quando, pelo menos, 342 deputados registrarem presença - mesmo quórum mínimo exigido para que a denúncia seja aceita pela Câmara.
O governo acredita que tem condições de garantir essas presenças apenas com a base aliada.