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Estado de Minas

Advogado de defesa pede tempo para Temer seguir com sua 'obra magnífica'

Mariz de Oliveira afirma ter certeza de que a denúncia não será acatada. Ele afirma que o juiz a verá como um "nada jurídico"


postado em 02/08/2017 11:01 / atualizado em 02/08/2017 11:18

O advogado de defesa, Antônio Cláudio Mariz, durante a sessão plenária para analisar denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O advogado de defesa, Antônio Cláudio Mariz, durante a sessão plenária para analisar denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O advogado de Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, questionou a legitimidade da gravação feita por Joesley Batista no Palácio do Jaburu e classificou a denúncia contra o presidente como "capenga, xoxa e fruto de uma ficção" e pediu mais um ano e meio para que Temer termine a "sua obra magnífica". Segundo Mariz, a gravação foi deturpada, “apresenta enxertos e uma série de vácuos”, disse.  Ele defendeu ainda que a gravação seria plausível em caso de auto-defesa, quando alguém é chantageado. Diz que não foi isso que ocorreu neste caso. “O juiz não aceitará [a denúncia] e verá como um nada jurídico”, atacou.

Na tentativa de aliviar os ataques contra a denúncia, o advogado convidou os deputados para conhecer o porão do Palácio do Jaburu e descreveu o subsolo da casa oficial do vice-presidente da República como uma sala de estar de luxo. O local foi usado para o encontro entre Temer e o empresário Joesley Batista em maio deste ano. Segundo o dono da JBS, na reunião Temer concordou em continuar com pagamentos mensais para manter o silêncio de Eduardo Cunha.

A votação começou às 9h da manhã desta quarta-feira e deve durar todo o dia. É necessário que 342 dos 513 deputados federais registrem presença em plenário para que a votação tenha início. Se houver ao menos 342 votos a favor da denúncia o processo é devolvido ao STF, que se confirmar a abertura da ação penal o presidente é afastado. Se houver menos de 342 votos, o processo é arquivado e Michel Temer permanece no cargo.


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