O ex-vice-governador e ex-senador Clésio Andrade (PMDB) foi interrogado na manhã desta quarta-feira, no Fórum Lafayette, dentro do processo do mensalão mineiro. Ele é acusado de participar de esquema que desviou recursos de estatais da ordem de R$ 3,5 milhões.
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STF envia ação contra Clésio à Justiça mineiraJulgamento de Eduardo Azeredo (PSDB) no processo do mensalão mineiro é remarcadoJustiça marca julgamento de Azeredo no mensalão mineiro para dia 8 de agostoMarcos Valério será interrogado em abril no processo do mensalão mineiroJustiça anula condenação de Clésio Andrade em caso conhecido como 'mensalão tucano'Clésio Andrade é condenado por crime de lavagem de dinheiroSegundo Andrade, que também tinha participação na agência de publicidade, ele desmanchou a sociedade com Valério antes do início da campanha ao governo, em 1998.
Andrade concorreu à vice na chapa de Eduardo Azeredo (PSDB). “Não estava satisfeito com o relacionamento com Marcos Valério. Não há uma razão específica. O desgaste empresarial vai acontecendo por uma série de fatos e chega a um momento que a pessoa conclui que é melhor não ficar”, afirmou.
O advogado de Andrade também concedeu entrevista à imprensa, ao fim do interrogatório. “O depoimento desconstruiu qualquer tipo de imagem negativa que possa ser forjada na peça acusatória. A única coisa que liga Clésio a esses fatos é a candidatura a vice-governador”, afirmou Eugênio Pacelli.
Investigações apontam que, pelo esquema conhecido como mensalão mineiro, dinheiro público de estatais como a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Comig, atualmente Codemig), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), privatizado em 1998, foi repassado às agências de publicidade.