(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Marta Suplicy e mais quatro se livram de Lava-Jato por causa da idade

Além da senadora, serão arquivados os casos de José Agripino, Garibaldi Alves Filho, Roberto Freire e Jarbas Vasconcelos


postado em 04/08/2017 06:00 / atualizado em 04/08/2017 08:12

Janot diz que a prescrição dos crimes diminui pela metade por eles terem mais de 70 anos(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Janot diz que a prescrição dos crimes diminui pela metade por eles terem mais de 70 anos (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou a ocorrência da prescrição nos casos de cinco parlamentares acusados de irregularidades por delatores da Odebrecht. Janot pediu o arquivamento das citações feitas pelos delatores nesses casos.

O procurador-geral da República pediu ao ministro Edson Fachin, do STF, que seja declarada a extinção da punibilidade em relação ao senadores José Agripino (DEM-RN), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Marta Suplicy (PMDB-SP), e aos deputados federais Roberto Freire (PPS-SP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), acusados de receber recursos não contabilizados para campanhas eleitorais.

Delatores da Odebrecht apontaram eventual crime de falsidade ideológica eleitoral, cuja pena máxima é de cinco anos de reclusão, observou Janot. No entanto, o procurador-geral da República destacou que o prazo prescricional desses cinco parlamentares é reduzido pela metade pelo fato de eles terem mais de 70 anos de idade.

Considerando a pena prevista no delito sob suspeita, a prescrição normalmente seria de 12 anos, mas o tempo cai para seis anos devido à idade dos parlamentares. Os supostos fatos narrados pelos delatores teriam ocorrido entre 2008 e 2010.

Defesa Procurado pela reportagem, Jarbas Vasconcelos disse que gostaria que o seu caso fosse apurado e negou ter recebido R$ 700 mil via caixa 2 para sua campanha ao governo de Pernambuco em 2010.

“Eu preferia que isso fosse apurado e esclarecido, para mim seria muito mais saudável isso do que simplesmente ser beneficiado pela prescrição. O que eu fiz foi absolutamente correto, então não tem por que ficar protegido pela idade”, disse o deputado.

Para o senador Agripino Maia, era desprovida de “substância” a acusação que lhe foi feita – de receber R$ 100 mil via caixa 2 para a campanha ao Senado Federal em 2010. “O procurador-geral seguiu os ditames da lei. A acusação que me é feita é desprovida de qualquer substância. E o procurador, movido pelo que preconiza a lei, adotou a postura que adotou. Foi feita a justiça à lei e aos fatos”, comentou o senador.

O deputado Roberto Freire informou por meio de sua assessoria que não se pronunciaria. Freire foi acusado de ter recebido R$ 200 mil não contabilizados da Odebrecht em sua campanha de 2010.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)