O governador Fernando Pimentel (PT) atribuiu, nesta segunda-feira (7), o que chamou de colapso dos serviços públicos no do Rio de Janeiro ao acordo que o estado vizinho negociou com o presidente Michel Temer. Ao falar para representantes de 157 prefeituras mineiras na Cidade Administrativa, o petista disse que os problemas dos dois estados são os mesmos e que é a gestão que leva resultados diferentes.
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O governador disse aos prefeitos que, quando vai a Brasília, a única coisa que pede nos ministérios e repartições do governo federal é que deixem Minas trabalhar. “Se vocês não podem ajudar, então não nos atrapalhem.
O governador disse que a situação poderia estar melhor se não fosse a crise e recessão acumuladas nos últimos quatro anos. Pimentel afirmou, porém, que a situação no estado é melhor porque há equilíbrio entre os podres.
Ambulâncias
No evento desta segunda-feira, ele entregou equipamentos de saúde fruto de emendas parlamentares e destacou a parceria com a Assembleia. “Esse entendimento é que acho que tem faltado ao Brasil. Quando se olha para Brasília é outro cenário que a gente vê. Os poderes da República não se entendem.
Pimentel usou o discurso para exaltar o papel dos deputados no direcionamento dos recursos para os municípios.
Também afagou os prefeitos, colocando-os como elo mais importante com a população. “Vocês são a nossa infantaria. O governo federal fica lá longe, é a artilharia, não corre risco nenhum porque está fora do campo de batalha e fica dando tiro de canhão. Quando acerta é uma maravilha, mata os inimigos, quando erra mata a gente”, disse.
Estado é cavalaria
Já o estado, segundo Pimentel, é a cavalaria. “Não sei para que serve não, desfila na parada, aqueles cavalos bonitos, mas, fora isso, não tem servido para muita coisa não”, afirmou, emendando que essa é uma brincadeira que faz com os secretários para que eles fiquem estimulados a ajudar os municípios.
De acordo com a Assembleia, 23 deputados estaduais participaram da entrega dos equipamentos na Cidade Administrativa. Foram 214 carros para a saúde e 25 ambulâncias a 179 municípios e cinco entidades. Segundo o Legislativo, os equipamentos foram financiados com R$ 13,7 milhões em emendas parlamentares. .