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Estado de Minas

Pimentel atribui colapso no Rio a acordo com o governo Temer

O governador mineiro disse que tem lidado melhor com a crise e que só pede ao governo federal que não atrapalhe o estado


postado em 07/08/2017 14:17 / atualizado em 07/08/2017 14:34

Pimentel mandou recado ao governo federal para que não atrapalhe Minas(foto: Alexandre Guzanshe/EM / D.A. Press)
Pimentel mandou recado ao governo federal para que não atrapalhe Minas (foto: Alexandre Guzanshe/EM / D.A. Press)

O governador Fernando Pimentel (PT) atribuiu, nesta segunda-feira (7), o que chamou de colapso dos serviços públicos no do Rio de Janeiro ao acordo que o estado vizinho negociou com o presidente Michel Temer. Ao falar para representantes de 157 prefeituras mineiras na Cidade Administrativa, o petista disse que os problemas dos dois estados são os mesmos e que é a gestão que leva resultados diferentes.

“O nosso deficit é o mesmo do Rio, o nosso problema fiscal é o mesmo do Rio, nós decretamos emergência financeira assim como o Rio. Mas lá, com outro tipo condução, quem sabe porque estão aderindo a essa política do governo federal de fazer equilíbrio fiscal cortando verbas da educação, da saúde, da segurança, a coisa desandou”, afirmou.

Segundo Pimentel, em Minas Gerais, a polícia está trabalhado, as escolas e os postos de saúde funcionam. Já o Rio, segundo o petista, vive uma “total devastação do ponto de vista da prestação de serviço”.

O governador disse aos prefeitos que, quando vai a Brasília, a única coisa que pede nos ministérios e repartições do governo federal é que deixem Minas trabalhar. “Se vocês não podem ajudar, então não nos atrapalhem. Deixem que vamos vencer a crise com o que o mineiro sabe fazer: trabalho e serenidade”, afirmou.

O governador disse que a situação poderia estar melhor se não fosse a crise e recessão acumuladas nos últimos quatro anos. Pimentel afirmou, porém, que a situação no estado é melhor porque há equilíbrio entre os podres.

Ambulâncias

No evento desta segunda-feira, ele entregou equipamentos de saúde fruto de emendas parlamentares e destacou a parceria com a Assembleia. “Esse entendimento é que acho que tem faltado ao Brasil. Quando se olha para Brasília é outro cenário que a gente vê. Os poderes da República não se entendem. É uma luta fratricida entre Executivo, Legislativo, Judiciário, e o principal prejudicado é o povo brasileiro”, afirmou.

Pimentel usou o discurso para exaltar o papel dos deputados no direcionamento dos recursos para os municípios.

Também afagou os prefeitos, colocando-os como elo mais importante com a população. “Vocês são a nossa infantaria. O governo federal fica lá longe, é a artilharia, não corre risco nenhum porque está fora do campo de batalha e fica dando tiro de canhão. Quando acerta é uma maravilha, mata os inimigos, quando erra mata a gente”, disse.

Estado é cavalaria

Já o estado, segundo Pimentel, é a cavalaria. “Não sei para que serve não, desfila na parada, aqueles cavalos bonitos, mas, fora isso, não tem servido para muita coisa não”, afirmou, emendando que essa é uma brincadeira que faz com os secretários para que eles fiquem estimulados a ajudar os municípios.

De acordo com a Assembleia, 23 deputados estaduais participaram da entrega dos equipamentos na Cidade Administrativa. Foram 214 carros para a saúde e 25 ambulâncias a 179 municípios e cinco entidades. Segundo o Legislativo, os equipamentos foram financiados com R$ 13,7 milhões em emendas parlamentares.


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