São Paulo, 07 - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), disse nesta segunda-feira, 7, que se sente confortável em ser um bom brasileiro, que trabalha para o bem do Brasil. A evasiva foi em resposta ao ser perguntado se não se teria se sentido desconfortável por ter sido tratado como amigo e companheiro pelo presidente da República, Michel Temer, no exato momento em que há uma divisão dentro do PSDB sobre permanecer ou apear da base de sustentação do governo federal.
"Me sinto confortável em ser um bom brasileiro e é o que tenho procurado ser. Ser um bom gestor, bom administrador e, portanto, um bom brasileiro", disse Doria. Ele disse esperar que o Brasil possa ter serenidade e equilíbrio. "O confronto e situações extremadas não contribuem para o Brasil e para a economia brasileira e nem para a confiança dos mercados", disse o prefeito.
Ainda de acordo com Doria, o Brasil precisa estar conciliado para votar as reformas no Congresso Nacional, finalizar a reforma trabalhista, iniciar um debate mais intenso sobre a reforma da Previdência e iniciar e concluir a reforma política tendo em vista as eleições de 2018.
Candidatura à Presidência
Sobre o entendimento dos jornalistas, de que no discurso que fez na Prefeitura de São Paulo nesta segunda o presidente Michel Temer preparou o prefeito como seu sucessor, Doria disse que não se incorporou dentro do perfil. "Não sou candidato à Presidência da República. Sou candidato a ser um bom prefeito da cidade de São Paulo. Essa é a minha responsabilidade e isso tenho procurado fazer com dinamismo, com boa equipe e com parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e com o governo federal, onde temos tido boas parcerias", disse.
Elogios
O prefeito avaliou que, a despeito de existir um racha no PSDB quanto à permanência ou não do partido na base aliada de Michel Temer, que os quatro ministros tucanos são muito bons e que atuam no governo com muita eficiência.
Doria disse também entender que o PSDB, respeitadas as divergências de opinião, apoia as reformas e apoia a evolução daquilo que pode proporcionar serenidade e equilíbrio ao Brasil para a retomada do emprego. "O Brasil precisa voltar a crescer", concluiu, ressaltando que o PSDB deverá continuar votando junto com o governo sempre que for bom para o Brasil.
(Francisco Carlos de Assis).