O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta segunda-feira que a imprensa criou uma 'psicose' em torno das visitas que o presidente Michel Temer recebe no Palácio do Jaburu sem registro na agenda oficial.
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O próprio Gilmar foi recebido na noite deste domingo, mas seu nome não apareceu na agenda de Temer.
Ao falar de seu relacionamento com o senador Aécio Neves (PSDB/MG), alvo da Operação Lava Jato, o ministro disse que está na vida pública desde os anos 1980. "Veja que nós estamos hoje com cerca de 300 ou 400 parlamentares investigados no Congresso Nacional. E a toda hora nos encontramos com eles aqui em Brasília, e é inevitável."
Gilmar atacou o desafeto, Rodrigo Janot, procurador-geral da República. "Não tem preparo jurídico nem emocional para presidir um órgão dessa importância", afirmou, em entrevista ao programa Timeline, da rádio Gaúcha. "Eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria", disse o ministro.
Defesa
Em nota, José Robalinho Cavalcanti, procurador regional da República e presidente da ANPR, defende Janot:
"Representante de 1.300 membros do Ministério Público Federal, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público repudiar os ataques absolutamente sem base e pessoais ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, proferidos em deliberada série de declarações, nos últimos dias, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes.
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