A Câmara Municipal de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi alvo nesta segunda-feira de mais uma operação contra irregularidades que tem vereadores da cidade como suspeitos. Desta vez, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirma que a vereadora Emília Alves da Cruz (PSB) é chefe de esquema de desvio de recursos públicos, em benefício de uma organização não governamental (ONG). A estimativa é de que o prejuízo aos cofres públicos seja de R$ 300 mil.
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Ainda de acordo com o MP, a vereadora e o marido intermediaram a contratação de servidores que seriam lotados na Câmara, mas, na verdade, prestavam serviço à ONG . "O trabalho deles era em prol de interesses privados da vereadora, desempenhando papel de cabos eleitorais durante o ano eleitoral de 2016, bem como, desde o segundo semestre de 2014, atividades de assistencialismo", diz o Ministério Público.
Mandados de busca foram cumpridos na Câmara, onde foram recolhidos folhas de ponto, prestação de contas de verbas de gabinete e outros documentos. Foram apreendidos ainda telefones celulares, computadores e equipamentos de armazenamento de mídias, que serão encaminhados para perícia na Central de Apoio Técnico (Ceat) do MP, em Belo Horizonte.
Em nota, a Câmara Municipal de Santa Luzia informou que apenas atendeu ao MP e que o processo corre em segredo de Justiça.
A reportagem tentou contato com a defesa da vereadora, mas não conseguiu.
Outros casos
Em julho do ano passado, outros quatro parlamentares foram presos em Santa Luzia acusados de fraude em licitações do serviço de coleta de lixo na cidade.
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