A Polícia Federal concluiu em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal que o não ficou comprovado com o senador Aécio Neves (PSDB) tenha recebido propina em contrato com a hidrelétrica de Furnas. O tucano era acusado de ter recebido valores de forma ilegal nos contratos.
Dois delatores – Alberto Yousseff e Delcídio de Amaral -, citaram que apenas “ouviram falar” que Aécio tivesse participação no caso. Apesar disso, segundo o delegado Álex Levi Bersan de Rezende, da Polícia Federal, as falas “não foram embasadas com nenhum outro elemento de colaboração”.
A participação do senador ainda chegou a ser citada pelo lobista Fernando Moura, mas o depoimento dele foi recebido com ressalvas, de acordo com delegado, por ser pessoa “desacreditada pela Justiça”.
Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron, da defesa de Aécio, afirmou que vai pedir o arquivamento do inquérito já que “inexistem elementos que comprovem o envolvimento do senador”.
“Assim, estando comprovada a falta de envolvimento do Senador Aécio Neves com os fatos que lhe foram atribuídos, a Defesa aguarda a remessa dos autos à PGR e para que, na linha do que concluiu o denso relatório policial, seja requerido o arquivamento do Inquérito, com sua posterior homologação", afirmou a defesa.
O inquérito Furnas investigava suposto esquema de propinas no âmbito da estatal de energia. Aécio era investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.