Brasília, 11 - Autor na Câmara do parecer que pediu a aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o deputado Sérgio Zveiter (RJ) pediu desfiliação do PMDB. O pedido foi apresentado nesta sexta-feira, 11, um dia após ele e outros cincos peemedebistas terem sido suspensos das funções partidárias por 60 dias pelo presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), por terem votado a favor da abertura de investigação contra Temer.
Zveiter apresentou parecer pela aceitação da denúncia contra o presidente durante análise dela na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em julho deste ano. O relatório, porém, foi rejeitado pelo colegiado. Em seu lugar, a comissão aprovou parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que defendia a rejeição da denúncia. O relatório do tucano foi, então, a voto no plenário da Câmara em 2 de agosto, onde foi aprovado por 263 votos a 227.
No pedido de desfiliação, o deputado fluminense afirmou que, após a divulgação de seu parecer, passou a sofrer "ameaças de represálias e ameaças de expulsão oriundas da direção do partido e de outros membros do PMDB que atuaram em prol do arquivamento sumário das denúncias". Além disso, ele citou que foi retirado do quadro de vice-líderes do partido na Câmara e da coordenação da bancada peemedebista na CCJ.
"Por conta de todos os episódios acima relatados, resta evidente a grave discriminação pessoal e perseguição política praticada pela direção nacional do PMDB que, em franca desobediência aos princípios programáticos partidários e em nítida violação aos dispositivos constitucionais e legais, tentou interferir e obstruir a livre manifestação desse deputado federal, restringindo a atuação parlamentar com medidas tomadas em represália ao parecer elaborado perante a CCJ", escreveu Zveiter.
Como mostrou no dia 3 de agosto o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado fluminense acertou filiação ao Podemos. Segundo a presidente da sigla, deputada federal Renata Abreu (SP), os planos são para que Zveiter seja candidato ao Senado em 2018. Como foi eleito pelo PSD e só ingressou no PMDB em março de 2016, durante uma janela para livre troca de partidos, a direção do PMDB não pode requisitar o mandato de deputado dele na Justiça.
(Igor Gadelha e Thiago Faria)
Zveiter apresentou parecer pela aceitação da denúncia contra o presidente durante análise dela na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em julho deste ano. O relatório, porém, foi rejeitado pelo colegiado. Em seu lugar, a comissão aprovou parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que defendia a rejeição da denúncia. O relatório do tucano foi, então, a voto no plenário da Câmara em 2 de agosto, onde foi aprovado por 263 votos a 227.
No pedido de desfiliação, o deputado fluminense afirmou que, após a divulgação de seu parecer, passou a sofrer "ameaças de represálias e ameaças de expulsão oriundas da direção do partido e de outros membros do PMDB que atuaram em prol do arquivamento sumário das denúncias". Além disso, ele citou que foi retirado do quadro de vice-líderes do partido na Câmara e da coordenação da bancada peemedebista na CCJ.
"Por conta de todos os episódios acima relatados, resta evidente a grave discriminação pessoal e perseguição política praticada pela direção nacional do PMDB que, em franca desobediência aos princípios programáticos partidários e em nítida violação aos dispositivos constitucionais e legais, tentou interferir e obstruir a livre manifestação desse deputado federal, restringindo a atuação parlamentar com medidas tomadas em represália ao parecer elaborado perante a CCJ", escreveu Zveiter.
Como mostrou no dia 3 de agosto o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado fluminense acertou filiação ao Podemos. Segundo a presidente da sigla, deputada federal Renata Abreu (SP), os planos são para que Zveiter seja candidato ao Senado em 2018. Como foi eleito pelo PSD e só ingressou no PMDB em março de 2016, durante uma janela para livre troca de partidos, a direção do PMDB não pode requisitar o mandato de deputado dele na Justiça.
(Igor Gadelha e Thiago Faria)