Presa desde a segunda-feira passada (7) sob a acusação de desvio de recursos públicos em Santa Luzia, a vereadora Emília Alves da Cruz (PSB) foi afastada do mandato por 180, dias por decisão da Justiça mineira.
Segundo divulgação feita pelo G1, a juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Santa Luzia, determinou ainda o sequestro de bens equivalentes a R$ 376.198,60.
O marido da vereadora, Wanderson Alves da Cruz, também foi preso no dia 7, no âmbito da Operação Batismo de Fogo, realizada pelo Ministério Público e Polícia Militar.
Durante a operação que teve objetivo de combater um esquema de desvio de recursos públicos, computadores, celulares e tablets foram apreendidos na casa dos suspeitos. Segundo o MP, o esquema incluiu a compra de votos nas eleições e uso de servidores e dinheiro público com interesses privados.
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Vereadora de Santa Luzia e o marido são presos por envolvimento em fraudes TRE comunica à Câmara de Santa Luzia cassação de prefeita e determina novas eleições TRE de MG confirma cassação de prefeita de Santa LuziaEm nota divulgada à imprensa, os promotores que participaram das investigações afirmaram que “os envolvidos viabilizaram a contratação e a remuneração de servidores pela Câmara Municipal de Santa Luzia mas, na realidade, estes funcionários nunca prestaram qualquer serviço ao poder público”.
Segundo o MP, os funcionários eram empregados de uma associação comunitária na região do São Benedito, e desempenham papel de cabos eleitorais durante a campanha de 2016, além de atividades de assistencialismo.
Além da vereadora, foram presos dois servidores da Câmara.
Na sede da Câmara foram apreendidas folhas de ponto, prestações de contas de verbas de gabinetes e pastas funcionais da vereadora e de servidores investigados.
O grupo pode responder por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso, cujas penas variam de cinco a 25 anos de prisão. Os envolvidos estão sujeitos a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até oito anos e pagamento de multa de até duas vezes o valor do ano causado e proibição de contratar com o poder público.
Atuaram na operação dois promotores de Justiça e cinco agentes do Ministério Público de Santa Luzia, com apoio de 17 viaturas e 52 policiais militares. As ordens de prisão foram cumpridas em Santa Luzia e Belo Horizonte..