O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse nesta segunda-feira, entender que o pedido de suspeição contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pela defesa do presidente Michel Temer, não tem fundamento e objetiva colocar a investigação em um plano político.
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Raquel Dodge deve ser cobrada sobre visita a Temer, diz procurador da Lava-JatoTemer se reúne com ministros das áreas econômica, política e de infraestruturaRaquel Dodge diz que reunião com Temer teve motivo institucionalAcordos de delações estão paradas esperando a troca de comando da PGRTemer diz que 'está muito na moda a garantia da lei e da ordem'Lima, que participou nesta segunda-feira, 14, do 4º Fórum de Compliance, promovido Amcham, em São Paulo, disse, que o pedido revela uma manobra "contra as bases" do Ministério Público e que tem como objetivo tirar a investigação da esfera criminal e colocá-la num âmbito político, de perseguição. "Essa é a típica defesa do sistema", afirmou.
Sobre o cenário eleitoral para 2018, o procurador criticou a proposta de reforma política que está em tramitação no Congresso, argumentando que ela preserva o mecanismo de corrupção que existe hoje no sistema político. Ele também se disse mais preocupado com a eleição para o Congresso que para presidente, uma vez que o Legislativo tem capacidade de adiar ainda mais as mudanças necessárias para a renovação dos quadros e o combate às causas da corrupção no sistema.
Questionado se poderia sair candidato no ano que vem, o procurador negou qualquer convite e afirmou que o trabalho no Judiciário exige uma vocação diferente. "Não sou candidato e brinco com (o juiz Sergio) Moro que também não votaria nele (caso ele seja candidato)".
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