Em um dos eventos mais curtos que já realizou no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira, durante cerimônia de apresentação de oficiais generais promovidos, que está "na moda" falar em garantia da lei e da ordem. Em uma fala de menos de dez minutos, Temer também parabenizou os militares que estão no Rio de Janeiro e citou a presença das Forças Armadas brasileiras no Haiti.
Leia Mais
Rocha Loures convidou Lava Jato a visitar Temer no Jaburu, diz procuradorPedido de suspeição de Temer contra Janot não tem fundamento, diz procuradorRaquel Dodge deve ser cobrada sobre visita a Temer, diz procurador da Lava-Jato'Estamos trazendo o Brasil para o século 21', diz Michel TemerO presidente também fez uma referência ao trabalho dos militares em missão no Rio de Janeiro. "Não quero deixar de dirigir uma mensagem também aos militares que recentemente iniciaram importante missão no Rio de Janeiro. Por isso que está na ordem do dia a manutenção da Lei e da Ordem", reforçou.
Temer, que chegou ao evento acompanhado da primeira-dama Marcela Temer, disse ainda que o governo reconhece o profissionalismo e dedicação que as Forças Armadas servem o Brasil e que é motivo de orgulho o desempenho dos militares no exterior em missões de paz mundo afora.
Ele citou a saída das tropas brasileiras do Haiti, que estão no país desde 2004. "Em breve, nossas tropas deixarão o Haiti com sentimento de dever cumprido", disse o presidente, que depois ficou confuso e questionou se os militares brasileiros já haviam deixado o Haiti. "Deixarão? Já deixaram? Ah, deixam, no dia 31 de agosto."
A Missão de Paz da ONU no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil no entanto, deixará o país em outubro.
Colapso
O presidente não citou em nenhum momento de sua fala a difícil situação financeira das Forças Armadas.
Segundo o comando das Forças, neste ano, houve um contingenciamento de 40%, e o recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro. Se não houver liberação de mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas.
Atualmente, já há substituição do quadro de efetivos por temporários para reduzir o custo previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e Aeronáutica avaliam que há um risco de colapso..