São Paulo - Com a decisão da Executiva Nacional do PSDB de antecipar as convenções municipais e estaduais do partido, aliados do governador Geraldo Alckmin e do prefeito João Doria buscam correligionários afinados com seus projetos eleitorais para ocupar postos-chave na máquina partidária.
O processo de sucessão interna foi tema de uma reunião realizada na noite de segunda-feira, 14, na sede estadual do PSDB, na capital. Os novos dirigentes municipais serão eleitos em outubro, e os estaduais em novembro.
Os dois grupos querem blindar prefeito e governador, ambos cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2018, contra eventual "fogo amigo" em ano eleitoral.
"Considero que o Geraldo Alckmin é o grande líder do partido. Sendo assim, é legítimo e natural que os presidentes do PSDB municipal e estadual sejam alinhados com o projeto político dele", disse o deputado federal licenciado Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social do governo paulista.
Nomes
Ele está entre os nomes ventilados pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para assumir a presidência do PSDB estadual. Os outros nomes cotados são os deputados federais Vanderlei Macris, Miguel Haddad e Silvio Torres, todos alinhados com Alckmin.
Já Doria se aproximou dos prefeitos da região metropolitana. Pelo menos 30% dos delegados da convenção estadual são de tucanos da capital.
Interlocutores do prefeito reconhecem que existem hoje dois polos de poder no partido, mas afirmam que não há disputa entre ele e Alckmin na escolha dos novos dirigentes tucanos. Na capital, os nomes preferidos de Doria são o do vereador José Jorge e do prefeito regional de Pinheiros, Paulo Matias. Ambos apoiam a candidatura de Doria ao Planalto.