O procurador da República Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da Lava-Jato, criticou em sua página no Facebook a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de mandar soltar réus que já tiveram sua sentença confirmada em segunda instância.
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“Hoje, o ministro Gilmar Mendes decidiu que o réu NÃO PODE ser preso mesmo depois da condenação em segunda instância. O ministro quer que se aguarde a TERCEIRA INSTÂNCIA. A decisão beneficiou hoje o mensaleiro João Paulo Cunha, ex-Deputado Federal. Casos de corrupção como o Propinoduto foram julgados na terceira instância após mais de 10 anos e prescreveram, isto é, os crimes de corrupção jamais foram ou serão punidos.
Na verdade, João Paulo Cunha citado por Dallagnol advoga para o ex-presidente da Câmara de Juiz de Fora. Cunha foi condenado na ação penal 470, conhecida como mensalão.
Semana passada procuradores federais que fazem parte da força-tarefa da Lava-Jato contestaram o habeas corpus concedido ao empresário do setor de ônibus Jacob Barata Filho por Gilmar pediram seu impedimento em processos que envolvam o empresário de ônibus. Gilmar é Gilmar é padrinho de casamento da filha do empresário, casada com o sobrinho da esposa do ministro.
Em junho diversos juristas apresentaram ao Senado um pedido de impeachment de Gilmar sob a alegação de que ele praticou atividade político-partidária junto a parlamentares, o que é vedado a magistrados.