Belo Horizonte - O ex-governador de Minas e ex-presidente nacional do PSDB Eduardo Azeredo disse nessa quarta-feira, 23, que não trabalha com a hipótese de prescrição dos crimes de lavagem de dinheiro e peculato, pelos quais foi condenado. A 5.ª Câmara do Tribunal de Justiça de Minas confirmou na madrugada dessa quarta a condenação na primeira instância pelo esquema conhecido como mensalão mineiro.
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TJ mantém condenação de ex-governador Eduardo AzeredoEduardo Azeredo poderá ser preso após julgamento de recurso ao Tribunal de JustiçaSTJ nega suspensão de pena do ex-governador Eduardo AzeredoComo o sr. recebeu a decisão do TJ-MG?
Foi uma decepção muito grande. O relator realmente entendeu, leu o material, você verifica que ele leu. Agora, esse é que é um problema da Justiça hoje, assessores é que preparam muitas coisas.
O fato de fazer 70 anos vai lhe ajudar nesse processo?
Eu nunca trabalhei com essa hipótese. Se eu tivesse feito isso eu tinha atrasado em algum momento. Eu nunca atrasei nada. Eu nunca procurei a prescrição. Eu nunca atrasei nada. A minha saída de Brasília foi indignação com o senhor Rodrigo Janot (procurador-geral da República), que hoje as pessoas estão vendo quem é. Por isso que eu renunciei ao mandato.
Teme ser preso com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à segunda instância?
Eu ainda posso recorrer dentro da própria Justiça mineira. E esse parecer do relator é muito forte. É um parecer que não pode ser desprezado.
Como o sr. vê o momento turbulento pelo qual passa o PSDB?
Tenho me dedicado à minha defesa desde que saí de Brasília. Ao mesmo tempo estou trabalhando na Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais). Então, eu não tenho acompanhado muito essa discussão, não. Mas realmente o sistema partidário está numa profunda crise.