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Estado de Minas

Acusado que Gilmar soltou vai se entregar à polícia

Rogério Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão, mas não foi encontrado em sua residência nesta sexta-feira. Ele é considerado foragido


postado em 26/08/2017 09:55 / atualizado em 26/08/2017 10:05

São Paulo, 26 - O advogado Yuri Sahione, que defende o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro-RJ) Rogério Onofre vai se entregar. Ele é considerado foragido. Após ser colocado em liberdade pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Rogério Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal, do Rio, na Operação Ponto Final - desdobramento da Lava-Jato que cercou a cúpula do Transporte no Rio.

O ex-presidente do Detro foi preso em 3 de julho e libertado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, na terça-feira, 22. No dia seguinte, a Procuradoria da República, no Rio, pediu novamente a prisão por 'ameaça de morte'.

Segundo o defensor, Onofre 'se sentiu inseguro após sair da cadeia'.

Após ser beneficiado pelo habeas corpus concedido por Gilmar, o ex-presidente do Detro havia indicado sua casa, em Paraíba do Sul, no sul do estado do Rio, como endereço domiciliar. As medidas restritivas impostas pelo STF previam que ele deveria ficar lá à noite e nos finais de semana. Nesta sexta, porém, não foi encontrado no endereço.

O novo mandado de prisão foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas no início da tarde. O magistrado justificou o pedido a "indícios suficientes que apontam para a autoria de crime de ameaça e possível delito de obstrução da Justiça".

O Ministério Público Federal informou a Bretas que às 7h da quarta, 23, a defesa do investigado Nuno Coelho entregou aos investigadores uma mensagem e um áudio, que continha a ameaça de Onofre - supostamente feita antes de o ex-presidente do Detro ser preso.

"Vê se você me arruma o meu dinheiro aí, dá um jeito, vocês não estão dando solução de nada, vocês não estão conversando, vocês têm imóveis aí não dão nada... Vocês ainda não foram...morreram... porque eu quero receber, mermão."

(Julia Affonso)


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