Os aliados do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), não vão desistir tão fácil de torná-lo cidadão honorário de Minas Gerais. Depois de a Comissão de Administração Pública rejeitar o pedido, deputados apresentaram um recurso para que o assunto seja analisado pelo plenário da Casa.
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Assembleia de Minas nega título de cidadão honorário para João DoriaApós 'ovada', Doria participa de ação que distribui omelete a moradores de ruaJoão Doria leva ovada na cabeça durante evento em SalvadorApesar do requerimento para o plenário analisar a questão, a Assembleia informou que, pelo regimento interno, o assunto voltará à Comissão de Administração Pública, que terá decisão final sobre o assunto.
Na última reunião de plenário, na quinta-feira (24), o líder da minoria, deputado Gustavo Valadares (PSDB) criticou deputados da base por terem rejeitado a concessão do título de cidadão honorário ao prefeito de São Paulo. “Queremos homenagear uma pessoa de bem, que dá exemplo de boa gestão”, afirmou.
Corrêa também foi à tribuna reclamar da “tropa de choque” do governador, que, segundo ele, deu um péssimo exemplo ao Brasil. O deputado atribuiu a rejeição ao título a questões eleitorais e disse estar pensando em tornar cidadão mineiro o ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça.
O requerimento para conceder a honraria a João Agripino da Costa Doria Júnior foi rejeitado por quatro votos a dois na Comissão de Administração Pública, em reunião do dia 23 de agosto. Votaram contra o título ao prefeito tucano Agostinho Patrus (PV), Cristiano Silveira (PT), Arnaldo Silva (PR) e o presidente da Comissão, João Magalhães (PMDB). Votaram a favor Sargento Rodrigues (PDT) e Dirceu Ribeiro (PHS).
Prefeito rejeitado
Doria também já teve o título de cidadão honorário negado pela Câmara de Teresina, no Piauí. A capital nordestina é comandada pelo PSDB há 20 anos.
Ao se manifestar na comissão, o deputado João Magalhães afirmou que para fazer jus à homenagem, seria necessário que antes o prefeito de São Paulo "fizesse algo por Minas Gerais".
Na ocasião, Gustavo Corrêa disse que a preocupação dos colegas que rejeitaram o pedido era só política e lamentou a derrota.