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Estado de Minas

Maia: se for enviada, denúncia contra Temer deverá ser julgada até o fim do mês

O presidente da Câmara acredita que não vai haver atraso na reforma da Previdência por conta das novas acusções


postado em 04/09/2017 12:01 / atualizado em 04/09/2017 12:57

No exercício da presidência, Maia garantiu agilidade (foto: J.Batista / Câmara dos Deputados)
No exercício da presidência, Maia garantiu agilidade (foto: J.Batista / Câmara dos Deputados)

O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (4) que se a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer for enviada ao Congresso nos próximos dias, como se prevê, até o fim de setembro ela estará julgada na Câmara.

"Parece que haverá segunda denúncia. Devemos analisar com todo respeito e decidir de forma rápida para avaliar as mudanças que o País precisa", comentou o deputado, acrescentando que não sabe, no entanto, quando a nova denúncia contra o peemedebista será apresentada. "Os prazos são curtos. O importante é encerrar essa segunda denúncia, respeitando decisão do procurador Rodrigo Janot", afirmou.

O democrata reforçou que a Câmara respeita a eventual denúncia da PGR e explicou que o regimento prevê dez sessões para a defesa de Temer, cinco sessões para a votação na comissão, a produção de avulsos, que levaria em torno de 12 horas, e, finalmente, a votação em plenário.

Sobre o apoio que Temer teria na Câmara para barrar uma segunda denúncia, o parlamentar admitiu que há certo incômodo em parte da base, mas afirmou que o presidente tem condições de reorganizá-la. "De Congresso ele (Temer) entende, não é à toa que foi presidente da Câmara três vezes e provou isso na primeira denúncia", afirmou Maia.

"Parece que haverá segunda denúncia. Devemos analisar com todo respeito e decidir de forma rápida para avaliar as mudanças que o País precisa", comentou o deputado, acrescentando que não sabe, no entanto, quando a nova denúncia contra o peemedebista será apresentada. "Os prazos são curtos. O importante é encerrar essa segunda denúncia, respeitando decisão do procurador Rodrigo Janot", afirmou.

Durante fórum promovido pela revista "Exame", Maia considerou que o governo perdeu alguma força no Congresso e avaliou que uma nova denúncia gera desgaste e desarticulação.

Ao tratar da reforma da Previdência, o deputado, que exerce interinamente a Presidência da República em razão da viagem de Temer à China, considerou ser difícil avançar na votação de uma proposta de emenda constitucional até o fim deste mês.

Nas contas de Maia, a reforma da Previdência precisa ser votada até outubro ou novembro, antes que a proximidade do calendário eleitoral comece a inviabilizar a matéria.

Segundo ele, o Planalto tem hoje menos de 280 votos na Câmara para votar a reforma que muda as regras da aposentadoria, que depende do aval de três quintos dos 513 deputados. O parlamentar ponderou que quando as discussões sobre o tema começaram o governo não tinha nem 200 votos de apoio à reforma.


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