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Estado de Minas

Lava-Jato investiga compra de voto para escolha do Rio como sede olímpica

A PF faz busca na casa do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman


postado em 05/09/2017 07:32 / atualizado em 05/09/2017 07:43

Entre os investigados está o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman(foto: Eduardo Rocha/Exemplus/COB/divulgação )
Entre os investigados está o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman (foto: Eduardo Rocha/Exemplus/COB/divulgação )

Uma nova etapa da Operação Lava-Jato é realizada nesta terça-feira (5/9) no Rio de Janeiro. As buscas da Operação Unfair Play, feita pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), visam a prisão de suspeitos de compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como sede das Olimpíadas 2016, além do pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Um dos alvos é Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016.
 
Nas ações desta terça-feira (12), a Lava-Jato contra com o apoio de autoridades francesas. Setenta policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e onze mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela 7ª Vara Federal Criminal (RJ).

Buscas ocorrem nos bairros Leblon, Ipanema, Lagoa, Centro, São Conrado, Barra da Tijuca e Jacaré, na cidade do Rio de Janeiro. Há ordens a serem cumpridas também no município de Nova Iguaçu e em Paris, na França. Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
 

Propina e compra de votos


Em nove meses de investigação, a PF afirma que encontrou indícios de propina com dinheiro em espécie e por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios, além de pagamentos de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros.
 
A Lava-Jato investiga a participação do dono das empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos.


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