Nos áudios entregues pelos advogados da JBS à Procuradoria-Geral da República (PGR), os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud dizem que uma pessoa chamada Marcelo – que seria o ex-procurador Marcelo Miller – iria ajuda na aproximação com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5) pela Revista Veja.
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Delação da J&F era 'extremamente problemática', afirma Gilmar MendesDeputados avaliam que Janot sai enfraquecido com possível anulação da delação da JBSRevisão de delação da JBS favorece Temer na CâmaraMarcelo Miller diz que não cometeu crime ou ato de improbidadeNa gravação, Joesley diz: "Ele já contou para o Janot que a gente tem muito mais para contar. Marcelo é do MPF. Ele tem linha direta com o Janot e com outros de lá. Nós somos a joia da coroa deles. O Marcelo já descobriu e falou para o Janot: 'Janot, nós já temos o pessoal que vai dar todas as provas que precisamos'. A Fernanda surtou .
O conteúdo das gravações levou Janot a abrir uma investigação para avaliar a omissão de informações nas negociações das delações de executivos da JBS. Se comprovada a omissão, os benefícios concedidos aos delatores poderão ser anulado, conforme o procurador. A possibilidade de revisão ocorre diante das suspeitas dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) de que o empresário Joesley Batista e outros delatores esconderam informações da Procuradoria-Geral da República.
No entendimento do procurador, mesmo se os benefícios dos delatores forem cancelados, as provas contra as pessoas citadas deverão ser mantidas, dando sequência às investigações.
O ministro Edson Fachin vai decidir sobre a retirada do sigilo da gravação da JBS que motivou a abertura do processo de revisão do acordo de colaboração de Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco e Assis e Silva, delatores ligados à JBS..