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Delator diz que vice-governador de MG recebeu R$ 275 mil da OdebrechtVice Antônio Andrade confirma rompimento com governador Fernando Pimentel'Quadrilhão' do PMDB da Câmara era dividido em quatro núcleos, diz PFAcusação contra 'quadrilhão' deixa Planalto em alertaMDB de Minas pode expulsar deputado por falar mal de TemerDe acordo com a investigação, Andrade atuou, quando ministro da Agricultura, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, na edição de atos do ministério para favorecer a JBS. Em troca, a empresa teria pago R$ 7 milhões em propina a integrantes do PMDB.
Segundo escalão
Segundo a PF, a indicação de Antônio Andrade para o ministério foi feita diretamente pelo presidente Temer. O vice-governador mineiro é citado no segundo escalão do grupo, junto com ex-assessores de Temer, como o homem da mala, Rocha Loures.
Segundo apurou a PF, esses integrantes atuavam como executores de ordens do núcleo político ou gerencial. Em junho deste ano, Andrade foi citado em planilhas da JBS, junto com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Outro lado
Em nota, o vice-governador nega as acusações e diz que as informações de que ele teria recebido benefícios da JBS são “absolutamente falsas”. Ainda segundo ele, os contatos com integrantes do grupo ocorreram sempre em agenda oficial. “Afirmo que, durante a minha gestão à frente do Ministério (16/03/2013 a 17/03/2014), jamais editei qualquer ato normativo que privilegiasse a JBS ou qualquer outra entidade, e que as decisões tomadas na pasta naquele período nunca sofreram influências externas”, afirma na nota.Ainda segundo Andrade, não há nenhuma denúncia envolvendo o nome dele. “Manifesto a minha certeza no esclarecimento dos fatos no âmbito do inquérito, e ressalto que não sou alvo de nenhuma denúncia e nem acusado pela prática de nenhum ilícito”, finaliza.