O segundo encontro presencial entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o juiz Sérgio Moro começou pouco depois das 14 horas, em Curitiba.
O ex-presidente depõe na ação penal em que é acusado de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de propinas da Odebrecht, no caso da compra do Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP).
Procuradores do Ministério Público Federal apontam que a compra de ambas as propriedades seria contrapartida por contratos na Petrobras. As recentes revelações do ex-ministro Antonio Palocci devem ser trazidas à tona durante o depoimento e a expectativa é de que a duração seja prolongada.
Na chegada, o ex-presidente foi ovacionado e escoltado por militantes e lideranças petistas. Cerca de 300 apoiadores estão nos pontos de bloqueio feitos pela Polícia Militar, nas ruas próximas ao prédio da Justiça.
Lula chegou de carro, desceu para abraçar e cumprimentar os manifestantes, e voltou para o veículo. Aplaudido, ele passou por um corredor de petistas e policiais até a entrada da Justiça, que só pode ser acessada por quem tem audiências marcadas ou trabalha no local.
O ex-presidente será interrogado em ação penal em que é acusado de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de propinas da Odebrecht, de forma dissimulada, com a doação de um terreno de R$ 12 milhões para o Instituto Lula e de um apartamento de R$ 500 mil vizinho ao que ele mora, em São Bernardo do Campo (SP). O Ministério Público Federal sustenta que era contrapartida por contratos na Petrobras.
Lula foi condenado por Moro em julho no processo do triplex do Guarujá (SP) a 9 anos e 6 meses de prisão - ele recorre em liberdade - por receber propinas da OAS.
Com Agência Estado