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Estado de Minas

Prefeita de Santa Luzia é intimada para esclarecer desvio de recursos da saúde

Roseli Pimentel esteve em departamento policial no começo da tarde, mas manteve o silêncio em inquérito que apura desvio de verbas. Desde a semana passada ela se encontra presa, por suspeita de homicídio


postado em 13/09/2017 21:40 / atualizado em 13/09/2017 22:17

Roseli Pimentel está presa suspeita de ser a mandante de execução de jornalista(foto: Reprodução Internet)
Roseli Pimentel está presa suspeita de ser a mandante de execução de jornalista (foto: Reprodução Internet)

A prefeita de Santa Luzia, Roseli Pimentel (PSB), foi intimada a prestar declaração em inquérito que apura desvio de recursos da Secretaria Municipal de Saúde da cidade, que fica Região Metropolitana de Belo Horizonte. Presa há uma semana por suspeita de envolvimento em um homicídio, Roseli chegou ao Departamento Estadual de Investigação de Fraudes em viatura e com uniforme da Secretaria de Administração Prisional. Ela negou-se a responder as perguntas dos policiais.

O advogado dela, Marcelo Leonardo, disse que a orientou a não prestar depoimento. “A defesa não teve acesso ao inquérito. E a cliente exerceu seu direito de ficar em silêncio. A súmula vinculante 14 do Supremo Tribunal Federal (STF) prevê que o acusado não pode ser ouvido sem o conhecimento do inquérito”, explicou o advogado. Marcelo Leonardo acrescentou que vai pedir vista do inquérito à Polícia Civil.

No dia 7 de setembro, feriado da Independência, Roseli Pimentel foi presa e levada para a Penitenciária Estevão Pinto, no Horto, Leste de Belo Horizonte. Ela foi indiciada por homicídio duplamente qualificado do jornalista Maurício Campos Rosa, de 64 anos, e por dois crimes de peculato – que é apropriação de recursos públicos. Outras quatro pessoas também foram indiciadas pelo assassinato.

De acordo com o delegado César Matoso, responsável pelas investigações, a prefeita pagou R$ 20 mil pela execução do jornalista. O recurso teria sido retirado da Secretaria Municipal de Saúde, mas com nota emitida pela Secretaria Municipal de Educação com a justificativa de que a verba seria utilizada para a compra de mamão destinado à merenda escolar.

O assassinato do jornalista, que era dono do jornal O Grito, ocorreu em 17 de agosto de 2016. Maurício foi atingido por cinco tiros quando deixava a casa de Alessandro de Oliveira Souza, assessor da prefeira, no Bairro Frimisa. Alessandro também está preso. Maurício editava o jornal O Grito, que era distribuído gratuitamente em Santa Luzia há mais de 20 anos com notícias da região.


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