O presidente Michel Temer (PMDB) se manifestou nesta quinta-feira sobre as denúncias de obstrução de Justiça e organização criminosa. Em nota, o peemedebista disse que a acusação é “recheada de absurdos” e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, segue com sua “marcha irresponsável para encobrir suas próprias falhas”.
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Para PMDB, denúncia contra Temer é 'mais um ato de irresponsabilidade' de JanotMaia diz que enviará denúncia contra Temer para CCJ assim que ela chegar à CâmaraJanot denuncia Temer e mais oito por obstrução à Justiça e organização criminosa Planalto reage e diz que Janot segue em 'sua marcha irresponsável'Ainda de acordo com Temer, Janot ignora questões que enfraquecem as delações, usadas para sustentar as denúncias. “Finge não ver os problemas de falta de credibilidade de testemunhas, a ausência de nexo entre as narrativas e as incoerências produzidas pela própria investigação, apressada e açodada”, afirma o texto.
Temer cita indiretamente o ex-procurador Marcelo Miller, que era ligado diretamente a Janot, no caso da Lava-Jato, ao afirmar que o movimento do procurador ignora a necessidade de investigar “pessoas que integram a equipe dele" .
“Ao não cumprir com obrigações mínimas de cuidado e zelo em seu trabalho, por incompetência ou incúria, coloca em risco o instituto da delação premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a delação fraudada. Nela, o crime compensa.
Ainda no posicionamento, Temer afirma que lhe é dada propriedade de uma conta no exterior, mas não há provas concretas na peça acusatória que deem sustentação a isso. Em outro ponto o peemedebista alega haver a tentativa de criminalizar doações que foram feitas de forma lícita a campanha dele, em dinheiro ilícito. “É realismo fantástico em estado puro”, afirma Temer.
Por fim, o presidente diz confiar que a verdade prevalecerá; “O presidente tem certeza de que, ao final de todo esse processo, prevalecerá a verdade e, não mais, versões, fantasias e ilações. O governo poderá então se dedicar ainda mais a enfrentar os problemas reais do Brasil”.
De acordo com a denúncia, os integrantes do “PMDB da Câmara”, teriam recebido propina em troca da prática de atos ilícitos.
A acusação de obstrução a Justiça leva em consideração, segundo a PGR, dá tentativa dos acusados de tentar evitar que o doleiro Lúcio Funaro firmasse acordo de delação premiada. Os pagamentos indevidos teriam sido tramados por Temer que teria instigado o empresário Joesley Batista a pagar vantagens a Roberto Funaro, irmã do doleiro.
Joesley e Saud foram incluídos na acusação de obstrução porque perderam hoje (14) a imunidade penal após o procurador concluir que os acusados omitiram informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada..