Brasília, 14 - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão temporária de Joesley Batista e Ricardo Saud - respectivamente, dono e ex-executivo do Grupo J&F - em prisão preventiva, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles estavam presos temporariamente desde o domingo, 10, por um prazo de cinco dias, que se esgotaria nesta quinta-feira.
Fachin também intimou os dois delatores que se manifestem sobre a rescisão (cancelamento) do acordo de colaboração premiada que cada um firmou com a PGR, noticiada nesta quinta-feira, 14, pela própria procuradoria.
A PGR havia pedido a Fachin, nesta quinta-feira, "a homologação da rescisão definitiva dos acordos de colaboração, com consequente a perda das premiações, mantendo-se plenamente válidas as provas trazidas e produzidas pelos colaboradores". Fachin resolveu, no entanto, ouvir as defesas dos delatores antes de validar judicialmente a rescisão.
(Breno Pires e Rafael Moraes Moura).