O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) declarou que, caso seja candidato a presidente da República no ano que vem, irá "aceitar" o voto dos gays.
"Você não tá escolhendo namorado, tá escolhendo alguém pra governar o país", afirmou o parlamentar, que tem uma trajetória de conflitos com pessoas LGBT.
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"Não interessa a sua opção, time de futebol, tuas vontades, teus prazeres, não interessa", disse Bolsonaro, dando a entender que não mistura política com outros temas. Mas, ligando a questão de orientação sexual a religião, completou: "Agora, quando se fala em religião, tem de respeitar a bíblia sagrada".
Essa não é a primeira vez que o deputado, de firmes posições conservadoras, dá declarações polêmicas sobre o assunto.
Em 2011, após o PSOL entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Bolsonaro disse que o partido era um partido de “pirocas” e disse que era “coisa de veados o que eles estavam fazendo”. “Ninguém gosta de homossexual, a gente suporta”, disse ainda.
Em 2014, militantes fizeram um beijo gay na Câmara Federal contra o político.
Mas nem tudo são espinhos. Em abril deste ano, o grupo Gays de Direita manifestou apoio a Bolsonaro. O movimento prega o fim da hegemonia da esquerda entre os homossexuais.
Nessa mesma edição do TV Verdade, o parlamentar fez outros ataques aos LGBT. Disse que "tem de fuzilar" os autores da Queermuseu, exposição em Porto Alegre (RS) que abordava a diversidade de gênero e a sexualidade na arte brasileira e terminou antes do prazo por causa de pressão do MBL(Movimento Brasil Livre.
A visita de Bolsonaro a BH teve momentos tensos. Na saída de uma faculdade, onde deu palestras, houve conflito entre partidários e opositores do pré-candidato a Presidente.
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