A disputa velada entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, João Doria, pela vaga do PSDB na disputa presidencial de 2018 se tornou um confronto aberto na juventude tucana. O J-PSDB acusa a organização Conexão 45, que é ligada ao prefeito, de atacar Alckmin e outros quadros tucanos nas redes sociais e no WhatsApp.
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Visita de Alckmin ao interior de São Paulo termina em confusão após fala de Major OlímpioMajor Olímpio rebate acusação de Alckmin e se diz surpreso exaltação do tucanoEu e Doria governamos a cidade juntosDoria afirma que parceria com governo de SP é como 'tabelinha Pelé e Coutinho'De olho na Presidência, governador Geraldo Alckmin manda indireta a Doria em BHNo entorno do prefeito, a avaliação é de que os dois grupos aproveitam a disputa entre Doria e Alckmin por 2018 para se "cacifar politicamente". Além de Doria, o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, também estava na mesa principal da plenária.
A J-PSDB também disse, no evento, que militantes da Conexão 45 têm coagido tucanos com cargos na Prefeitura a apoiar a pré-candidatura presidencial de Doria. "Eles fazem pressão na capital. Dizem que, para estar na Prefeitura, tem de ser do time Doria", afirmou Sorrilo.
Em sua fala, Doria exaltou Alckmin. "Desautorizo qualquer manifestação em relação ao Geraldo Alckmin. Tenho sido um guardião zeloso dessa relação", afirmou.
'Mentira'
O prefeito disse à reportagem que, após ouvir a denúncia na plenária, telefonou para Luiz Oliveira, presidente do Conexão 45, e ouviu dele que as acusações são mentirosas. Doria reiterou então que "não endossa e não apoia" nenhuma iniciativa contra Alckmin, "nem sutilmente".
Oliveira afirmou que estuda processar Sorrilo por calúnia. "Esse grupo que está na J-PSDB apoiou Marta Suplicy e Andrea Matarazzo na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A gente defende o João, mas sem atacar o Geraldo", afirmou o militante.
No mesmo dia da reunião da J-PSDB, que reuniu cerca de 50 pessoas na Alesp, a Conexão 45 realizou uma plenária em uma universidade com mais de 200 pessoas.
Além de integrar o Conexão 45, ele "se filiou" recentemente ao Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que surgiu durante o impeachment de Dilma Rousseff e hoje atua como linha auxiliar de Doria nas redes sociais. A aproximação do PSDB com o MBL também é criticada pela J-PSDB.
A atual direção da juventude tucana é dominada por uma corrente chamada Ação Popular, que se apresenta como "progressista". A AP e a Conexão 45 disputam o comando da J-PSDB paulista, que realizará uma convenção no dia 11 de novembro..