Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará nesta quinta-feira o julgamento sobre o envio à Câmara dos Deputados da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
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Cármen Lúcia suspende julgamento sobre suspensão de denúncia contra TemerGleisi evita opinar sobre julgamento de Janot, mas critica delação da JBSSTF inicia julgamento sobre afastamento de Janot na investigação contra TemerO ministro Gilmar Mendes divergiu dos colegas e votou para que o envio da denúncia fosse suspenso até a conclusão das investigações sobre os indícios de irregularidade envolvendo delatores do grupo J&F. Gilmar também votou para que a denúncia fosse devolvida à PGR por mencionar fatos que não dizem respeito ao mandato de Temer. Ainda faltam votar três ministros: a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia; o decano da Corte, Celso de Mello; e Marco Aurélio Mello.
Ensino religioso
Cármen também informou que vai retomar nesta quinta-feira o julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Procuradoria-Geral da República que trata do ensino religioso. Até agora, já votaram cinco ministros nesse julgamento. Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux votaram no sentido de que o ensino religioso ministrado em escolas públicas deve ter caráter não confessional - ou seja, sem uma determinada crença dentro da sala de aula.
Alexandre de Moraes e Edson Fachin, por outro lado, defenderam a possibilidade de que o ensino religioso seja confessional, ou seja, vinculado a religiões específicas. Todos os cinco ministros que já votaram concordam que o ensino religioso deve ser facultativo, conforme previsto na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases.
(Rafael Moraes Moura, Breno Pires, Carla Araújo e Beatriz Bulla).