Brasília, 26 - Estudantes e juristas brasileiros têm se mobilizado para impedir que a Operação Lava-Jato receba um prêmio no Canadá. A cerimônia do "Allard Prize" está marcada para quinta-feira, 28, na Universidade da British Columbia (UBC), em Vancouver.
A força-tarefa da operação, que na ocasião vai ser representada pelo procurador Deltan Dallagnol, foi escolhida como um dos três finalistas do prêmio, considerado uma das maiores distinções mundiais para o reconhecimento dos esforços no combate à corrupção e na defesa dos direitos humanos.
Também disputam o prêmio, no valor 100 mil dólares canadenses, Khadija Ismayilova, uma jornalista do Azerbaijão que foi presa por fazer denúncias do presidente do seu país, e a advogada egípcia Azza Soliman, cofundadora do Centro para Assistência Legal das Mulheres Egípcias (CEWLA), que também chegou a ser detida em função do seu trabalho.
Desde o início do mês, a comunidade acadêmica local tem se mobilizado e enviado cartas para a comissão organizadora do prêmio, a diretoria da Faculdade de Direito e a reitoria da UBC, para contestar a indicação da Lava-Jato como um dos finalistas.
Uma organização de juristas brasileiros, chamada de Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia, também se manifestou e enviou cartas à universidade. Fazem parte do grupo nomes como o ex-procurador e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
Tanto os acadêmicos quanto os juristas defendem que a Lava-Jato não segue os princípios do Estado democrático de direito, cometeu uma série de abusos considerados ilegais e inconstitucionais nos últimos anos e por isso não merece receber a honraria. O principal questionamento dos dois grupos é o que eles consideram "falhas" na condução dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para os estudantes, não há como explicar por que a Lava-Jato se encaixa nos critérios do prêmio, já que a operação vem sofrendo inúmeras críticas no Brasil. Eles devem realizar novos protestos durante a cerimônia de premiação.
A reportagem tentou contato com os organizadores do prêmio por e-mail e com integrantes da universidade, mas não obteve resposta. Dallagnol já está no Canadá, mas a assessoria de imprensa do Ministério Público em Curitiba disse que ele não iria comentar os protestos.
A força-tarefa da operação, que na ocasião vai ser representada pelo procurador Deltan Dallagnol, foi escolhida como um dos três finalistas do prêmio, considerado uma das maiores distinções mundiais para o reconhecimento dos esforços no combate à corrupção e na defesa dos direitos humanos.
Também disputam o prêmio, no valor 100 mil dólares canadenses, Khadija Ismayilova, uma jornalista do Azerbaijão que foi presa por fazer denúncias do presidente do seu país, e a advogada egípcia Azza Soliman, cofundadora do Centro para Assistência Legal das Mulheres Egípcias (CEWLA), que também chegou a ser detida em função do seu trabalho.
Desde o início do mês, a comunidade acadêmica local tem se mobilizado e enviado cartas para a comissão organizadora do prêmio, a diretoria da Faculdade de Direito e a reitoria da UBC, para contestar a indicação da Lava-Jato como um dos finalistas.
Uma organização de juristas brasileiros, chamada de Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia, também se manifestou e enviou cartas à universidade. Fazem parte do grupo nomes como o ex-procurador e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
Tanto os acadêmicos quanto os juristas defendem que a Lava-Jato não segue os princípios do Estado democrático de direito, cometeu uma série de abusos considerados ilegais e inconstitucionais nos últimos anos e por isso não merece receber a honraria. O principal questionamento dos dois grupos é o que eles consideram "falhas" na condução dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para os estudantes, não há como explicar por que a Lava-Jato se encaixa nos critérios do prêmio, já que a operação vem sofrendo inúmeras críticas no Brasil. Eles devem realizar novos protestos durante a cerimônia de premiação.
A reportagem tentou contato com os organizadores do prêmio por e-mail e com integrantes da universidade, mas não obteve resposta. Dallagnol já está no Canadá, mas a assessoria de imprensa do Ministério Público em Curitiba disse que ele não iria comentar os protestos.