O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), indicou nesta quarta-feira, 27, que poderá submeter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - que determinou o afastamento das funções parlamentares e o recolhimento domiciliar noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG) - à apreciação dos senadores em Plenário. O peemedebista disse que, se a Constituição Federal foi ferida por essa decisão, os senadores irão "tomar providências".
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STF nega prisão, mas afasta Aécio Neves do SenadoSenado avalia se plenário deve validar decisão do STF de afastar AécioDepois de Marco Aurélio, Alexandre de Moraes também vota por Aécio livreCabe ao Supremo Tribunal Federal o controle da constitucionalidade das leis e atos. Foram os integrantes da Primeira Turma que decidiram pelo recolhimento noturno do tucano que, segundo o STF, não pode ser considerado prisão domiciliar.
A avaliação de técnicos do Senado é que, ao proibir Aécio de sair de casa à noite, o Supremo decretou sua prisão em regime semiaberto. O artigo 53 da Constituição prevê que esse tipo de medida tem que receber o aval do plenário do Senado, que pode, até mesmo, relaxar a prisão.
Nesta quarta-feira, Eunício Oliveira evitou, porém, avaliar se a decisão do STF significa, na prática, decretar a prisão do senador mineiro. "Primeiro o Senado precisa ser notificado sobre o teor da decisão tomada pela Suprema Corte para saber de que forma vai agir, se vai ou se não. Eu não sei qual o teor da decisão e não falo sobre hipótese. Enquanto não receber a notificação do STF, não tenho como me manifestar apenas em relação ao que a imprensa publica. O presidente do Congresso tem que se debruçar sobre dados objetivos e concretos. Não tenho como me manifestar sobre hipótese", reforçou..