Uma das principais expressões da direita no país, responsável pelos recentes protestos contra exposições de arte e por protestos políticos, o Movimento Brasil Livre (MBL) teve a paternidade reivindicada pelo polêmico ator Alexandre Frota. Segundo ele, o grupo não pode mais usar o nome porque a “marca” foi registrada em cartório por uma associação criada pelo artista em parceria com outras pessoas.
Em um vídeo postado no Twitter do ator, Frota diz que não é dono do MBL, mas é um dos donos, pois montou associação com este registro. “O nome MBL estava livre porque vocês não se preocuparam com isso, porque vocês não conseguiram esse registro – que aliás, entraram por duas vezes. Eu registrei em cartório, na receita federal, tenho CNPJ, tem contrato social, está tudo legalizado”, disse o ator.
Frota, que criticou o MBL diversas vezes em redes sociais e também foi atacado por eles, que relembraram seu passado como ator pornô, disse que o registro foi muito profissional de sua parte e avisou aos coordenadores do movimento. “Vocês não podem mais usar essa marca, esse nome. O advogado de vocês vai instruir.”
O nome fantasia do MBL é Renovação Liberal e a página conta com mais de 2,4 milhões de seguidores no Facebook. O grupo foi criado em 2014 em meio aos protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e acabou capitaneando várias manifestações.
O nome foi alvo de disputa no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que tem pelo menos dois pedidos de registro da marca arquivados: um da NCE Serviços de Filmagens LTDA, do ator, e um do Movimento REnovação Liberal.
O ator disse que o MBL foi tomado de assalto por pessoas que aproveitaram para lucrar com o momento político do país.
Frota também reivindica a paternidade de protestos e ações políticas. Na semana passada ele protestou em frente ao Museu de Arte Moderrna de São Paulo, que exibia a perfórmance de um homem nu. Segundo o ator, ele fechou a mostra. "Não querem aceitar que eu tive coragem de ir no MAM e fechar aquela exposição sozinho", postou.