Retirado sumariamente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado Jorginho Mello (PR-SC) disse na manhã desta terça-feira, que sua saída da função de titular "é o preço do arquivamento" da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
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Temer programa viagens para Norte e Nordeste em meio à tramitação da 2ª denúnciaTemer faz maratona de reuniões com 42 deputados nesta terça-feiraPR decide trocar membro na CCJ para ajudar Temer a barrar 2ª denúnciaProcuradores chamam Temer de 'irresponsável' por declaração no TwitterO parlamentar avisou que manterá o voto a favor do prosseguimento do processo contra Temer e seus ministros. Para o deputado, não se trata de "cassar por cassar", mas, sim, permitir que ninguém no País fique "acima da lei". "Por que não investigar o presidente da República? O Brasil está andando sozinho, a economia descolou. Vamos em frente", afirmou.
O Palácio do Planalto havia mapeado os votos contrários aos governos na CCJ entre os partidos da base aliada. Os alvos do Planalto eram Jorginho e Expedito Netto (PSD-RO), este último ainda titular na CCJ. Ambos votaram a favor da primeira denúncia contra Temer por corrupção passiva. A vaga de titular de Jorginho foi repassada ao delegado Edson Moreira (PR-MG).
Troca-troca
Desde a chegada da nova denúncia contra Temer, a base governista promoveu três mudanças na CCJ com o objetivo de manter maioria contra o andamento do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Uma quarta mudança na composição da comissão não trouxe alterações relevantes na contabilidade do governo. O PSDB tirou o deputado João Gualberto (BA) da suplência e o colocou como titular na comissão. Gualberto foi para a vaga de Jutahy Júnior (BA), que ocupa agora a suplência. Como ambos votaram a favor do prosseguimento da primeira denúncia contra Temer, a inversão de papéis não mudou a perspectiva de votos do tucanato no colegiado.
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