O presidente Michel Temer (PMDB), por meio de seus advogados, partiu para um ataque sem precedentes contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Na peça de 89 páginas, entregue à Câmara, nesta quarta-feira, 4, os advogados classificaram como "torpe" a segunda flechada de Janot contra o peemedebista - a primeira, por corrupção passiva, foi barrada pelos deputados.
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Sem-teto fazem ato por moradias populares onde Temer entregará ambulânciasRelator de denúncia contra Temer vai se licenciar do PSDB, dizem tucanosAdvogado de Temer diz que nova denúncia constitui 'tentativa de golpe'A Câmara está analisando se autoriza o envio da acusação contra o peemedebista por organização criminosa e obstrução de Justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"A obsessão de Rodrigo Janot, seu mal agir, foi antiético, imoral, indecente e ilegal!", alegam os criminalistas.
A segunda flechada de Janot é dividida em duas partes. A primeira atinge o "quadrilhão" do PMDB e acusa, além de Michel Temer, seu ex-ministro Geddel Vieira Lima, seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures, seus ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Alves.
Segundo a denúncia, eles praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados. Janot atribuiu ao presidente a liderança da organização criminosa desde maio de 2016.
Na segunda parte, Temer é acusado pelo crime de obstrução de Justiça, por supostamente tentar barrar a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. A denúncia aponta que o presidente instigou o empresário Joesley Batista, da JBS, a pagar, por meio do executivo da J&F Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio.
A defesa de Temer afirma à Câmara que membros do Ministério Público Federal, liderados por Janot, "tramaram" com Joesley, Saud e "outros também confessos criminosos integrantes de seu bando para construir uma acusação a ser formulada contra a autoridade máxima do País". Para os advogados, a acusação tem como "linha mestra" a criminalização da política.
"Em busca do alvo estabelecido, praticaram-se inúmeras ilegalidades, inclusive crimes; feriram-se preceitos morais e éticos; rasgaram-se normas de conduta social, tudo sob o pálio do combate ao crime, o qual estaria inoculado no seio dessa E. Casa de Leis", afirmam os criminalistas.
Segundo a defesa, Janot "almejava ardentemente" a deposição de Temer.
Após a primeira denúncia do ex-procurador contra o presidente, por corrupção, ter seu andamento negado pela Câmara, em agosto, Janot teria, segundo a defesa, agido "à maneira do pistoleiro que, contratado para matar alguém, não aceita a rescisão do trato pelo mandante, porque 'já garrou raiva' da vítima".
"O ex-chefe do Ministério Público Federal agiu novamente com pressa, premiou outro delator (Lucio Funaro) e lançou nova flecha, cujo primeiro alvo foi a Língua Portuguesa, seguida pelo Direito e pelos próprios denunciados", argumenta a defesa.
"Infelizmente, o dr.
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