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Estado de Minas

MG entra na rota de pré-campanha dos presidenciáveis

Em campanha antecipada ao Planalto, presidenciáveis privilegiam Minas, segundo colégio eleitoral do país


postado em 08/10/2017 06:00 / atualizado em 08/10/2017 07:46

Seis presidenciáveis já estiveram em Belo Horizonte em eventos recentes(foto: Alexandre Gusanshe, Marcos Vieira, Elza Fiuza, Renato Oliveira, Túlio Santos)
Seis presidenciáveis já estiveram em Belo Horizonte em eventos recentes (foto: Alexandre Gusanshe, Marcos Vieira, Elza Fiuza, Renato Oliveira, Túlio Santos)

A um ano das eleições, o segundo colégio eleitoral do país entrou no roteiro dos principais nomes que devem concorrer à Presidência da República em 2018. Com a chamada pré-campanha liberada desde o último pleito, praticamente todos os presidenciáveis, que se movimentam pelo país, passaram nos últimos meses por Minas Gerais. Para participar de eventos partidários, de sindicato, com estudantes ou empresários, estiveram em Belo Horizonte os ex-ministros Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), o governador e o prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PEN).


As visitas mais recentes foram dos paulistas, que, talvez aproveitando o território neutro, trocaram farpas entre si. Alckmin e Doria disputam a indicação do PSDB para concorrer ao Palácio do Planalto. Ao participar de um encontro com empresários em BH em 25 de setembro, Doria disse que fogo amigo “dói pra chuchu”. A referência foi direta ao colega de partido, o governador de São Paulo, que já foi apelidado de picolé de chuchu por causa do estilo mais discreto na política. Na palestra, Doria relembrou a atuação de Alckmin como fiador de sua campanha à prefeitura.

Na semana anterior, em 18 de setembro, foi Alckmin quem conversou com o empresariado mineiro na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Os dois foram recebidos pelo senador Antonio Anastasia (PSDB). Na ocasião, o governador disse viajar fora do horário de serviço e pagar as passagens do próprio bolso, em uma indireta para João Doria. Alckmin e Doria tentam se aproximar do grupo político do senador Aécio Neves, que está órfão de candidato com as implicações das denúncias contra o líder mineiro na Lava-Jato.

O ex-ministro Ciro Gomes também fez pelo menos duas visitas recentes a Belo Horizonte, uma a Contagem e uma a Montes Claros, no Norte de Minas. Ao participar de seminário da Central dos Sindicatos Brasileiros, em 12 de setembro, o pré-candidato disse que o Brasil só elegeria um político como Doria presidente se tivesse compulsão suicida. Nas ocasiões, também partiu para cima do ex-aliado e ex-patrão Lula, de quem foi ministro, dizendo que a eventual candidatura do petista à Presidência seria um erro.

O polêmico Bolsonaro teve a passagem mais barulhenta por Minas. Já no aeroporto de Confins causou frisson ao discursar em um palanque e dizer, em tom bem-humorado, que abriria para os mineiros uma saída para mar. O parlamentar, tietado principalmente no meio dos militares, esteve em Belo Horizonte em 14 e 15 de setembro para lançar um livro sobre ele e dar uma palestra em uma faculdade. A presença causou briga entre manifestantes favoráveis e contrários ao presidenciável e a polícia precisou intervir.

Caravana mineira


O ex-presidente Lula lançou mais uma etapa do Memorial da Democracia, em julho, no Palácio das Artes, mas já tem data para voltar ao território mineiro. Depois de fazer caravana pelo Nordeste, o petista vai visitar 11 cidades de Minas em outubro. De acordo com a agenda definida, ele passará oito dias viajando pelas regiões do Vale do Aço, Rio Doce, Jequitinhonha, Mucuri, Norte e Central. A peregrinação começa em Ipatinga e termina com um grande ato em Belo Horizonte.

Entre os pré-candidatos, a ex-ministra Marina Silva teve a presença mais discreta em Minas Gerais. Em visita a Belo Horizonte, ela participou de evento promovido pela Rede Sustentabilidade em uma faculdade de direito, em 28 de agosto. Na ocasião, ela criticou as ações do presidente Michel Temer (PMDB) em desfavor da floresta amazônica.

 


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