O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira a favor de que a Corte possa impor, nos casos em que julgar necessário, medidas cautelares alternativas à prisão contra parlamentares, entre elas o afastamento das funções públicas. Ele é o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o tema que está sendo julgada em plenário.
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Supremo decide nesta quarta-feira se pode afastar parlamentares sem aval do CongressoSTF começa a decidir sobre medidas contra parlamentaresAlexandre de Moraes vota contra afastamento de Aécio sem aval do CongressoGilmar interrompe Moraes e critica decisão da 1ª Turma de afastar AécioMinistros do STF decidem se parlamentares podem sofrer medidas cautelares sem aval do Congresso“A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal tem tradicional e repetidamente assentado que as hipóteses previstas na Constituição que impeçam a responsabilização de agentes políticos e membros de poder devem ser interpretadas em seus estritos limites, não se permitindo alargamentos via interpretação extensiva”, disse o ministro.
Fachin disse que a Constituição prevê revisão por parte da Câmara e do Senado somente nos casos de prisão em flagrante por crime inafiançável e “apenas isso”.
“Estender essa competência para permitir a revisão de, por parte do Poder Legislativo, das decisões jurisdicionais sobre medidas cautelares penais significa ampliar a imunidade para além dos limites da própria normatividade enredada pela Constituição. É uma ofensa ao postulado republicano e é uma ofensa à independência do Poder Judiciário", afirmou Fachin.
O julgamento foi suspenso pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e deve ser retomado à tarde.
Com Agência Brasil .