A Polícia Federal está na Câmara dos Deputados na manhã desta segunda-feira, em Brasília, onde realiza buscas no sexto andar do anexo IV, onde fica o gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
O parlamentar é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso por tempo indeterminado desde setembro, após a Polícia Federal apreender R$ 51 milhões em um imóvel atribuído ao político. Segundo a PF, é a maior apreensão de dinheiro vivo da história da corporação.
A ação ocorre por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido é da Procuradoria-Geral da República, que investiga a ligação do parlamentar com os R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00 - encontrados, no início de setembro, em um apartamento em Salvador na Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Cui Bono?.
Também em setembro, as investigações sobre Geddel foram remetidas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo da transferência do caso para o STF são os indícios encontrados nas investigações em relação a Lúcio Vieira Lima, que, na condição de deputado federal, tem foro privilegiado no STF. Segundo a PF, o apartamento foi emprestado a Lúcio Vieira Lima e era usado por Geddel.
No depoimento prestado à PF, o dono do apartamento situado em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões, Silvio Antônio Cabral da Silveira, disse que foi Lúcio quem pediu o imóvel emprestado e que o fez em nome da amizade com o parlamentar, embora não conhecesse Geddel.
Além disso, no local, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, apontada como empregada doméstica do congressista.