Ao lado do governador Fernando Pimentel (PT), o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) disse nesta segunda-feira (16) que Minas Gerais perdeu as usinas da Cemig por “falta de união” e “incompetência” de parlamentares e gestores do Executivo. A bronca, segundo ele, vale para o governo estadual, senadores e deputados mineiros e as prefeituras, que, para Kalil, precisam se unir em uma frente apartidária para cobrar um melhor atendimento do governo do presidente Michel Temer.
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No encontro no qual a PBH, a Assembleia e o governo de Minas receberam o relatório da comissão da Lei Kandir da Câmara Municipal, o prefeito apontou para a criação de uma frente política apartidária para fazer cobranças de forma mais contundente do governo federal.
“Está na hora de Minas se unir e receber alguma coisa.
Pimentel, que falou na sequência, elogiou com Kalil por se abrir a receber os manifestantes. O governador afirmou que Minas Gerais tem R$ 135 bilhões a receber pelo que deixou de arrecadar de ICMS por causa da Lei Kandir. Ele disse que a legislação surgiu em 1996 por causa da política “suicida” do plano real, que igualava o dólar ao preço do real. “Como disse o prefeito Kalil, Minas resiste, mas Minas quer receber também. Então, está na hora de receber, vamos cobrar de Brasília que faça o que é justo: devolva a Minas, ao estado e aos municípios, aquilo que nos foi tirado com a mão de gato da Lei Kandir.