Pelo menos 12 senadores devem se ausentar da votação que pode derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impõe medidas restritivas ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), prevista para esta terça-feira, 17. O tucano precisa de 41 votos dos 81 senadores para derrubar a decisão da Corte e retomar o mandato.
Aliados de Aécio consideram que seria necessário um quórum mínimo de 70 senadores no plenário para iniciar a votação. Caso contrário, há um movimento entre alguns líderes partidários para adiar a apreciação para quarta-feira, 18.
Entre os faltosos está o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), considerando um dos principais articuladores da Casa. Ele se recupera de uma diverticulite e, segundo a assessoria de imprensa, só deve voltar às atividades parlamentares daqui a dois dias.
O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) está de licença médica por 15 dias após ter fraturado o úmero ao tentar domar uma mula em sua fazenda na cidade de Mara Rosa, na semana passada.
Além deles, os senadores Armando Monteiro (PTB-PE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ricardo Muniz (PP-BA) e Cristovam Buarque (PPS-DF) também não estarão no Senado nesta terça-feira, 17, pois estão em missão especial nos Emirados Árabes.
Já Jorge Viana (PT-AC), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Roberto Muniz estão na Rússia. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), estava na mesma missão, mas antecipou o seu retorno para hoje. Os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Ciro Nogueira (PP-PI), desistiram da viagem e permaneceram no Brasil.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) também cancelou uma viagem para a Itália, onde participaria de um congresso esta semana sobre diabetes. Ela adiantou que votará contra Aécio. "O mais importante é ficar aqui e votar pelos interesses do País."
A votação sobre o afastamento de Aécio já começará com dois votos a menos (79).