Brasília - Primeiro a discursar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse nesta terça-feira, 17, que a população apoia cada vez mais a instauração de processo contra o presidente Michel Temer. Em um discurso forte, o deputado de oposição disse que a "quadrilha" do PMDB continuou praticando crimes e que o grupo usou cargos para roubar o Estado brasileiro. "Temer usa o cargo para praticar crimes", acusou.
Leia Mais
Começa sessão para debater parecer que pede rejeição da denúncia contra TemerDeputados chegam cedo à CCJ para debater segunda denúncia contra TemerCâmara discute nesta terça-feira se autoriza STF a processar TemerPSD indica deputada mineira para ajudar a barrar denúncia contra TemerTemer vai receber Doria para jantar no Jaburu nesta terça-feiraEm 15 minutos de discurso, o deputado fluminense acusou o presidente da República de ser o "chefe da organização criminosa". "Temer atuava no atacado", reforçou. Para o deputado, houve obstrução de justiça ao haver pacto de silêncio com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Funaro. O deputado acusou o governo de usar cargos, emendas e agora uma medida para restringir a fiscalização do trabalho escravo para se manter no governo.
Molon também contestou a sessão relâmpago aberta nesta manhã no plenário da Câmara para contagem de prazo do pedido de vista ao relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG).
Governistas
Primeiro a discursar entre os governistas, Pedro Fernandes (PTB-MA), elogiou o relatório do tucano Bonifácio de Andrada (MG). "Vim homenageá-lo", afirmou o deputado, que não é membro da CCJ e falou por menos de 10 minutos. Em seu discurso, Fernandes disse que o País precisa ser levado com "seriedade", por isso apoiava a rejeição da denúncia.
Obstrução. Para postergar os trabalhos, a oposição pediu logo no início da reunião a leitura da ata da sessão anterior. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), levou meia hora lendo a ata.
Na sequência, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) leu o recurso que apresentou contra a decisão de Pacheco em não individualizar a votação da denúncia..