Dos 44 senadores que votaram ontem para derrubar as medidas cautelares impostas ao tucano Aécio Neves (MG), ao menos 19 (43,2%) são alvo da Operação Lava Jato. A maior parte deles (10) é do PMDB, partido que mais deu votos a favor do senador mineiro - foram 18 no total.
Leia Mais
Em nota, Aécio diz que recebeu com 'serenidade' decisão do plenário do SenadoDecisão do Senado sobre Aécio não significa 'impunidade', diz Cássio Cunha LimaVeja como votaram os senadores na sessão que devolveu mandato a Aécio NevesSenado decide que Aécio Neves retornará ao mandatoMaioria apoia Lava-Jato; 33% temem reação política, revela pesquisaGilmar vê 'tempestade em copo d'água' em reações a retorno de Aécio ao SenadoHá um sentimento para que Aécio deixe a presidência do PSDB, diz Cunha LimaTasso Jereissati defende renúncia de Aécio da presidência do PSDBTambém partiu dos investigados as defesas mais enfáticas para que o Senado barrasse as restrições impostas a Aécio. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), por exemplo, foi um dos cinco a discursar em defesa do tucano. Mesmo em recuperação de uma cirurgia, ele descumpriu recomendação médica para participar da sessão e ajudar a "salvar" o colega. "Quis Deus que eu tivesse a saúde para que, depois de operado, estivesse aqui hoje também para falar desta tribuna como último orador", disse o senador no discurso.
Também fazem parte da lista nomes como Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-MA) e Valdir Raupp (PMDB-RR). No PSDB, que deu 10 dos 11 votos possíveis a favor do correligionário, três senadores são alvo da Lava Jato: Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP). Apenas Ricardo Ferraço (ES), também investigado, não compareceu à votação.
Dos 26 que votaram contra o tucano, seis são alvo da Lava Jato.
.