Em entrevista concedida nesta terça-feira ao jornalista da Globo News, Gerson Camarotti, o juiz federal Sérgio Moro negou mais uma vez a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2018. "A pesquisa perde tempo quando coloca o meu nome, porque não serei nenhum candidato", disse, quando questionado sobre como ele analisa as pesquisas eleitorais que colocam seu nome na disputa. O juiz também se recusou a responder à pergunta do jornalista sobre as ameaças sofridas durante o curso da operação Lava-Jato.
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"Na verdade, eu não fiz o filme, então não tenho controle sobre o conteúdo. Foi feito um filme sobre a Lava-Jato e eu fui convidado, então fui como um espectador qualquer. Isso não significa que eu apoie ou não apoie o conteúdo do filme. Eu só fui na condição e espectador e não juiz. A meu ver, isso não tem qualquer relação com os julgamentos que eu vou realizar no processo.
Sobre a foto ao lado de Aécio Neves
"Olha, eu fui num evento público que estava sendo realizado pela IstoÉ e houve uma certa disposição das cadeiras. E ocasionalmente eu fiquei ao lado do senador e nós conversamos normalmente. O senador é uma pessoa espirituosa e eventualmente tem, ali, os seus momentos jocosos. Mas isso não significa nada. Um porque eu não tenho nenhum processo dele sob a minha responsabilidade, ele tem foro privilegiado. E isso não significa nenhum juízo, digamos assim, aprovação a eventuais condutas ilícitas do senador em questão.
Sobre as acusações feitas pelo ex-presidente Lula
"Sobre o caso do Lula, é uma pergunta complicada para eu responder porque ele já foi condenado num caso, o caso se encontra em apelação no TRF-4, e é um tribunal composto por magistrados absolutamente sérios, que vão tomar a melhor decisão no caso, confirmando ou não a condenação... e por outro lado ele tem casos pendentes aqui na vara. Então, eu não me sinto confortável em falar sobre o caso dele, já que existem casos pendentes que ainda vão demandar julgamentos da minha parte." .