O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou de "tempestade em copo d’água" as reações adversas à decisão do Senado de livrar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do afastamento. O magistrado afirmou que o Senado teria de se manifestar de qualquer forma.
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Ferraço: decisão do Senado sobre Aécio dialoga com 'corporativismo e impunidade'Tasso Jereissati defende renúncia de Aécio da presidência do PSDBDos 44 senadores que votaram a favor de Aécio, 19 são alvo da Lava-JatoSenadores tucanos pressionam Aécio contra situação provisóriaEm nota, PSDB nega acordo relacionado à votação da denúncia contra TemerAécio volta ao Senado e diz ser vítima de armação de 'empresários inescrupulosos'Ele ressaltou que o Supremo decidiu, na semana passada, que compete ao Senado ou à Câmara dar o aval ou rejeitar medidas cautelares que impossibilitem direta ou indiretamente o exercício do mandato parlamentar.
"Acho que a crise é uma tempestade em copo d’água. Eu estou vendo vocês na imprensa excitados com isso, ah, porque desautorizou o Supremo... A constituição prevê isso", disse.
Por 44 votos, contra 26, o plenário do Senado rejeitou na noite desta terça-feira, 17, o afastamento de Aécio Neves, que foi determinado pela Primeira Turma do STF, por 3 votos a 2, no dia 26 de setembro.
Aécio Neves foi denunciado em junho pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e embaraço a investigações, acusado de aceitar propina de R$ 2 milhões do Grupo J&F, repassada por um executivo do grupo a um primo do tucano e a um auxiliar parlamentar. Ele nega.
O tucano foi alvo da Operação Patmos em maio e chegou a ser afastado por decisão individual do ministro Edson Fachin, antes de a Primeira Turma do STF tomar a mesma decisão..