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Estado de Minas

Presidente da Câmara de Iguatama é preso suspeito de fraude em licitações

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, o esquema incluía ainda o pagamento a um funcionário fantasma e pagamentos por corridas de táxi não realizadas


postado em 19/10/2017 17:10 / atualizado em 19/10/2017 19:04

(foto: Reprodução/ Câmara Municipal de Iguatama )
(foto: Reprodução/ Câmara Municipal de Iguatama )

O presidente da Câmara Municipal de Iguatama, Herivelto Ferreira Pedrosa (PP), foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira durante ações da operação Casa de Espíritos. Além dele, também foram presos o assessor jurídico da Casa, Hirondel Lopes de Camargos, e o ex-vereador Genílson Basílio de Souza. Outros dois vereadores, que não tiveram os nomes revelados, foram afastados do cargo.


Eles são suspeitos dos crimes de organização criminosa, peculato e fraude em licitações no município localizado na Região Centro-Oeste do estado. A prisão preventiva é válida por cinco dias. Os detidos foram conduzidos para o presídio de Arcos.


A operação, desencadeada pelo Ministério Público de Minas em parceria com as polícias Civil e Militar, investiga fraudes na contratação de serviços de faxina, limpeza de caixas D'água e táxi na Câmara. Além disso, é apurada a existência de um funcionário fantasma na Casa.


Ainda de acordo com o Ministério Público, 15 mandados de medidas cautelares foram cumpridos. Os outros 10 mandados de medidas cautelares correspondem ao recolhimento noturno e nos dias de folga e vedação de contato com as testemunhas em relação a pessoas que supostamente teriam prestado serviços para a Câmara Municipal, servidores e vereadores investigados.


De acordo com o procurador Angêlo Ansanelli, o esquema constava na repartição de dinheiro público, adquirido de forma irregular, entre os parlamentares e agentes públicos. Ainda de acordo com ele, uma das servidoras chegou a dividir o salário com um correligionário do presidente da Câmara.


O esquema também envolvia fraudes em combustíveis. “Eles desviaram muito combustível em um carro da Câmara que estava avariado, não estava funcionando, e mesmo assim eles continuavam abastecendo carros particulares com o dinheiro da Câmara. Carros de amigos, de familiares , de correligionários, de vereadores”, disse. Materiais de limpeza também eram adquiridos em grande quantidade, mas não foram destinados à Casa.


As irregularidades, segundo o procurador, ainda envolvem a utilização de um dos carros da Câmara para fins particulares além do pagamento por corridas de táxi que não teria sido realizadas.


Os presos foram levados para o presídio de Arcos. De acordo com o Gaeco as investigações começaram há aproximadamente quatro meses. A operação contou com participação e apoio de 31 policiais militares, 17 policiais civis e 10 servidores do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A reportagem tentou contato com a Câmara Municipal de Iguatama, mas ninguém atendeu aos telefonemas. 


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